Faz 1 semana que voltei de Marrocos. A convite de um amigo meu marroquino que conheci em Estocolmo, fomos um grupo de 4 amigos visitá-lo a Marrocos durante 6 dias.
Foi uma viagem bastante preenchida, com direito a tudo o que Marrocos tem para oferecer: sol, deserto, sumos de laranja, boa comida, calor, fortes e muralhas portuguesas, muitas horas de carro, mercados, regateadelas, casas de banho imundas, pechinchas, palmeiras, lenços, condução à chico esperto, camelos, taginas, subornos, avaria de carro, marroquinas marotas, peixe grelhado, pouco sono, gargalhadas, multas, tempestades de areia, turistas franceses, tecno marroquino e indisposições intestinais! (não necessariamente por esta ordem!)
Tal como em todas as viagens há muito a contar, mas nada melhor que algumas fotografias para dar um cheirinho, com aroma a menta e canela, daquilo que se passou.
Wednesday, June 3, 2009
Wednesday, April 8, 2009
Pshuuu
Quando digo que estou em Estocolmo, é normal ouvir "ehhh, a Suécia é um país muito à frente, estão 20 anos à frente de Portugal! Os gajos são muito evoluídos, foram eles que inventaram as gajas boas e os prémios Nobre (como as salsichas)!". Ok, tudo isto é verdade, mas se por um lado os prémios Nobel e a mulher do Figo são bem conhecidos por todos, há certas preciosidades da cultura sueca que continuam por desvendar...
Hoje vou falar do "pshuuu". Lido sem as indicações correctas "pshuuu" soa a um efeito sonoro de um filme do Jackie Chan, mas a maneira correcta de o pronunciar é sugando o som da palavra, tal como se tivessemos a beber de uma palhinha (experimentem!).
O "pshuuu" não tem tradução directa e pode ser usado em várias situações. Tanto serve para dizer que sim, como para dizer que estamos de acordo, como também para mostrarmos que estamos algo apreensivos em relação ao que acabamos de ouvir. Por vezes também pode ser usado como negação.
Dando um exemplo da língua portuguesa, podemos nivela-lo com o "f#$%-se" que dependendo da entoação e contexto toma variadíssimos significados. Mas se por um lado, nós portugueses decidimos adoptar uma palavra de registo sexual dirigida na 3a pessoa (alguém compreende as raízes disto?), os suecos foram mais além (mais uma vez!) e resumiram tudo isto num suspiro.
A primeira vez que tomei contacto com o "pshuuu" foi no trabalho. Ao inicio pensei que fosse um soluço - "estes suecos são uns javardos...", pensei eu, "vou largar já aqui uma bufa para estes gajos verem o que é bom...". Depois reparei que se repetia sempre com a mesma pessoa e pensei que estava perante um caso de "pshuuu" cronico! Com o tempo apercebi-me que várias pessoas faziam o mesmo.
Interpretar o "pshuuu" não é fácil e a a adaptação a este som apenas vem com o tempo. De inicio assustava-me quando alguém dava um há minha frente... Parecia um daqueles filmes surreais estilo "naked lunch" em que de repente as pessoas passam a falar linguagem de sapos. Hoje em dia já nem dou por ele, não me choca e até vejo a sua utilidade.
Para terem uma ideia mais concreta daquilo que vos acabei de falar, aqui fica um anúncio das televisões suecas.
Hoje vou falar do "pshuuu". Lido sem as indicações correctas "pshuuu" soa a um efeito sonoro de um filme do Jackie Chan, mas a maneira correcta de o pronunciar é sugando o som da palavra, tal como se tivessemos a beber de uma palhinha (experimentem!).
O "pshuuu" não tem tradução directa e pode ser usado em várias situações. Tanto serve para dizer que sim, como para dizer que estamos de acordo, como também para mostrarmos que estamos algo apreensivos em relação ao que acabamos de ouvir. Por vezes também pode ser usado como negação.
Dando um exemplo da língua portuguesa, podemos nivela-lo com o "f#$%-se" que dependendo da entoação e contexto toma variadíssimos significados. Mas se por um lado, nós portugueses decidimos adoptar uma palavra de registo sexual dirigida na 3a pessoa (alguém compreende as raízes disto?), os suecos foram mais além (mais uma vez!) e resumiram tudo isto num suspiro.
A primeira vez que tomei contacto com o "pshuuu" foi no trabalho. Ao inicio pensei que fosse um soluço - "estes suecos são uns javardos...", pensei eu, "vou largar já aqui uma bufa para estes gajos verem o que é bom...". Depois reparei que se repetia sempre com a mesma pessoa e pensei que estava perante um caso de "pshuuu" cronico! Com o tempo apercebi-me que várias pessoas faziam o mesmo.
Interpretar o "pshuuu" não é fácil e a a adaptação a este som apenas vem com o tempo. De inicio assustava-me quando alguém dava um há minha frente... Parecia um daqueles filmes surreais estilo "naked lunch" em que de repente as pessoas passam a falar linguagem de sapos. Hoje em dia já nem dou por ele, não me choca e até vejo a sua utilidade.
Para terem uma ideia mais concreta daquilo que vos acabei de falar, aqui fica um anúncio das televisões suecas.
Tuesday, March 10, 2009
Kiruna
Este último fim de semana, eu e outros 3 amigos, fomos a Kiruna, uma pequena cidade no norte da Suécia.
A primeira noite foi passada numa montanha a 1000 metros de altitude com o objectivo de ver a aurora boreal, que lá acabou por aparecer apesar de algo tímida. Além da paisagem espectacular estávamos inseridos num grupo de 12 pessoas (acho eu), das quais tenho a destacar um tipo inglês que além de saber tudo sobre futebol também fazia "ghost hunting".
No dia seguinte, andamos de snow-mobile durante a noite. Era a minha primeira vez a pegar em algo parecido a uma mota e a experiência foi bastante positiva. Atingi os 70km e passei por todas as fases de quem está a aprender: 1) deixa lá andar devagar 2) bom, isto nem é assim tão difícil 3) eh, isto de andar devagar é uma seca, deixa começar a fazer uns s's e dar uns saltos 4) porra, que razia que dei à árvore!!!! é melhor ter calminha!!!!
No dia seguinte foi a vez de andar em trenós de cães, provavelmente a actividade que mais gostei. Dividimo-nos em grupos de 2 (um conduzia e outro ia sentado no trenó) e cada trenó era puxado por 5 cães! Com os cães, o processo de aprendizagem foi diferente do snow-mobile e saltamos directamente para o nível 3). Começamos a usar tácticas estilo abrandar os cães para nos afastarmos do dono (o guia) e isto fazia com que os cães ficassem malucos e corressem mais depressa para alcançar o dono novamente.
Numa dos troços do percurso, cheio de curvas, de subidas e descidas, um dos nossos cães (penso que foi o 3o, que apesar de tudo era bastante trabalhador), saiu de pista numa altura em que íamos a uma velocidade considerável (uns 20km/h!!!) e o resultado foi o descontrolo total do trenó. Eu era o condutor e não tive mesmo outra alternativa senão abandonar o trenó e saltar (acrobaticamente e com muito estilo) num momento em que estava completamente desiquilibrado. No momento em que aterrei na neve pensei "porra, o D ficou no trenó!!!!!". A imagem do D estendido no chão, inanimado, com o trenó a trespassar-lhe a tripa e a ser comido pelos cães passou-me pela cabeça e pensei que talvez pudesse ficar com a câmara digital dele caso ele tivesse esticado o pernil. Felizmente o D, armou-se em Indiana Jones e conseguiu passar para o lugar do condutor e controlar o trenó num momento de grande inspiração.
Mais à frente, já com o D a condutor foi a vez de atropelarmos os nossos próprios cães. Os 2 cães da frente, excitados um com o outro foram contra uma árvore e passamos a ferro os 5 cães. Felizmente os cães não se ressentiram do acidente e continuaram a correr todos contentes.
Para não alongar muito mais este post, o resto dos dias foram preenchidos com uma visita ao Ice Hotel (provavelmente já o viram num qualquer powerpoint enviado por email), uma visita às minhas de Kiruna a 500 metros de profundidade, sauna com direito a mergulho num lago gelado e construção de um mini-iglo.
Recomendo.
A primeira noite foi passada numa montanha a 1000 metros de altitude com o objectivo de ver a aurora boreal, que lá acabou por aparecer apesar de algo tímida. Além da paisagem espectacular estávamos inseridos num grupo de 12 pessoas (acho eu), das quais tenho a destacar um tipo inglês que além de saber tudo sobre futebol também fazia "ghost hunting".
No dia seguinte, andamos de snow-mobile durante a noite. Era a minha primeira vez a pegar em algo parecido a uma mota e a experiência foi bastante positiva. Atingi os 70km e passei por todas as fases de quem está a aprender: 1) deixa lá andar devagar 2) bom, isto nem é assim tão difícil 3) eh, isto de andar devagar é uma seca, deixa começar a fazer uns s's e dar uns saltos 4) porra, que razia que dei à árvore!!!! é melhor ter calminha!!!!
No dia seguinte foi a vez de andar em trenós de cães, provavelmente a actividade que mais gostei. Dividimo-nos em grupos de 2 (um conduzia e outro ia sentado no trenó) e cada trenó era puxado por 5 cães! Com os cães, o processo de aprendizagem foi diferente do snow-mobile e saltamos directamente para o nível 3). Começamos a usar tácticas estilo abrandar os cães para nos afastarmos do dono (o guia) e isto fazia com que os cães ficassem malucos e corressem mais depressa para alcançar o dono novamente.
Numa dos troços do percurso, cheio de curvas, de subidas e descidas, um dos nossos cães (penso que foi o 3o, que apesar de tudo era bastante trabalhador), saiu de pista numa altura em que íamos a uma velocidade considerável (uns 20km/h!!!) e o resultado foi o descontrolo total do trenó. Eu era o condutor e não tive mesmo outra alternativa senão abandonar o trenó e saltar (acrobaticamente e com muito estilo) num momento em que estava completamente desiquilibrado. No momento em que aterrei na neve pensei "porra, o D ficou no trenó!!!!!". A imagem do D estendido no chão, inanimado, com o trenó a trespassar-lhe a tripa e a ser comido pelos cães passou-me pela cabeça e pensei que talvez pudesse ficar com a câmara digital dele caso ele tivesse esticado o pernil. Felizmente o D, armou-se em Indiana Jones e conseguiu passar para o lugar do condutor e controlar o trenó num momento de grande inspiração.
Mais à frente, já com o D a condutor foi a vez de atropelarmos os nossos próprios cães. Os 2 cães da frente, excitados um com o outro foram contra uma árvore e passamos a ferro os 5 cães. Felizmente os cães não se ressentiram do acidente e continuaram a correr todos contentes.
Para não alongar muito mais este post, o resto dos dias foram preenchidos com uma visita ao Ice Hotel (provavelmente já o viram num qualquer powerpoint enviado por email), uma visita às minhas de Kiruna a 500 metros de profundidade, sauna com direito a mergulho num lago gelado e construção de um mini-iglo.
Recomendo.
Monday, February 9, 2009
System Bolaget
Ir ao supermercado fazer umas compritas para o jantar e depois passar pela secção dos vinhos e cervejas e comprar uma garrafa é um sonho que muitas vezes tenho mas que infelizmente não é realidade neste país.
Para comprar qualquer tipo de álcool existe o System Bolaget! É uma loja controlada pelo estado, que existe em alguns pontos da cidade e que está aberta apenas até às 18 ou 19horas. A razão disto tudo é que os suecos, o tal povo modelo da Europa, na hora de entornar álcool pela goela abaixo não perdoam!
Bom, mas nem tudo é mau, começando pela concentração de pessoal bêbedo que se instala à porta destes recintos! Acho que isto é estilo ir ao café para nós portugueses. Está um bêbedo em casa e pensa "eh pá, vou ali ao System Bolaget para ver quem é que lá está! O árbitro ontem roubou o Benfica por isso a conversa deve estar animada!". Além desta malta fixe há que dizer que a selecção de álcool nestas lojas é bem boa e bastante internacional! Desde cervejas belgas, japonesas ou jamaicanas, a vinhos de todos os cantos do mundo até todas as bebidas espirituosas (nunca percebi este termo!) que nos possamos lembrar!
Apesar de tanta escolha, acabo por comprar quase sempre as mesmas garrafas. Bom, agora estão vocês a pensar "chiça, este gajo é um sovina, sempre a comprar o vinho carrascão para poupar uns cêntimos!". Não estão muito longe da verdade, é verdade que os vinhos que compro são dos mais baratos, mas é porque são portugueses! Além disso, a noção de vinho "mais barato" aqui corresponde a não pagar menos de 5€! Portanto o Casal Garcia, Gazela, Portal, Ramos e Periquita são clientes habituais do meu copo e das muitas festas a que vou!
Não por ser mais barato, mas por decerto pela sua qualidade, são muitos os suecos a comprar vinho português e nada melhor do que ver uma sueca com uma Casal Garcia na mão enquanto espera na caixa registadora para eu começar a cantarolar "Comprei uma garrafa de Casal Garcia, para beber mais a Maria(...)". Claro que a loira não se chama Maria e manda-me dar uma volta!
Para comprar qualquer tipo de álcool existe o System Bolaget! É uma loja controlada pelo estado, que existe em alguns pontos da cidade e que está aberta apenas até às 18 ou 19horas. A razão disto tudo é que os suecos, o tal povo modelo da Europa, na hora de entornar álcool pela goela abaixo não perdoam!
Bom, mas nem tudo é mau, começando pela concentração de pessoal bêbedo que se instala à porta destes recintos! Acho que isto é estilo ir ao café para nós portugueses. Está um bêbedo em casa e pensa "eh pá, vou ali ao System Bolaget para ver quem é que lá está! O árbitro ontem roubou o Benfica por isso a conversa deve estar animada!". Além desta malta fixe há que dizer que a selecção de álcool nestas lojas é bem boa e bastante internacional! Desde cervejas belgas, japonesas ou jamaicanas, a vinhos de todos os cantos do mundo até todas as bebidas espirituosas (nunca percebi este termo!) que nos possamos lembrar!
Apesar de tanta escolha, acabo por comprar quase sempre as mesmas garrafas. Bom, agora estão vocês a pensar "chiça, este gajo é um sovina, sempre a comprar o vinho carrascão para poupar uns cêntimos!". Não estão muito longe da verdade, é verdade que os vinhos que compro são dos mais baratos, mas é porque são portugueses! Além disso, a noção de vinho "mais barato" aqui corresponde a não pagar menos de 5€! Portanto o Casal Garcia, Gazela, Portal, Ramos e Periquita são clientes habituais do meu copo e das muitas festas a que vou!
Não por ser mais barato, mas por decerto pela sua qualidade, são muitos os suecos a comprar vinho português e nada melhor do que ver uma sueca com uma Casal Garcia na mão enquanto espera na caixa registadora para eu começar a cantarolar "Comprei uma garrafa de Casal Garcia, para beber mais a Maria(...)". Claro que a loira não se chama Maria e manda-me dar uma volta!
Monday, February 2, 2009
O velocista
O talento óbvio e natural que tenho em desportos, isto é, quase nenhum, também se extende ao patinar no gelo e assim se comprovou, sem surpresa, este sábado! Já tinha tentado patinar no gelo uma outra vez há cerca de 5 anos atrás em Gotemburgo e o resultado foi o mesmo, um desastre.
Eu sei que isto da patinagem soa um bocado larilas, mas antes que me comecem a imaginar de collants brancos, a dar um duplo-axel e a dançar ao som da música dos cisnes, deixem que vos diga que eu sou um velocista (dá para ver pela velocidade que eu ia nesta fotografia... a rondar os 100km/h!) e que não faço nada dessas coisas, apesar de ser bastante aerodinâmico! :)
Os minutos iniciais em cima dos patins foram de "um ver se te aguentas em pé" e com alguma ajuda lá me fui desenrascando a patinar sozinho. Passados uns 30 mins tinha acabado de dar uma volta inteira à pista (300metros?) e mesmo com um patinar desengonçado (mas elegante!) fui recompensado por uma rapariga (também muito elegante!) que passou por mim e disse "you are doing very well!". Obviamente que lhe agradeci e enquanto estava a sorrir estava a pensar "esta gaja quer festa!" - oops... não era bem este o pensamento que queria escrever, o que pensei mesmo (ou depois) foi "doing very well? pá, tu ainda não viste foi nada!" e decidi imprimir um pouco mais de velocidade nos meus patins para estes suecos verem o que é "doing very well"! Certamente que havia qualquer coisa no gelo - uma fissura, cubos de gelo, berlindes, uma casca de banana ou então oléo (nunca saberemos!), porque o resultado foi ter caído com toda a pinta possível enquanto ela ainda estava a olhar para mim! :)
Com a prática os resultados são visíveis, mas há que dizer que aprender a patinar é bastante chato: pode-se cair a qualquer momento, os putos gozam conosco e a velhinha de 70 anos passa por nós a abrir... a única motivação é mesmo podermo-nos agarrar às gajas com o pretexto de que precisamos de ajuda! :) No fundo aprender a patinar é como aprender a andar de bicicleta, com a desvantagem de não se poder por umas rodinhas de lado!!!
A experiência foi bastante boa e é algo que com certeza vou repetir nos próximos tempos!
Eu sei que isto da patinagem soa um bocado larilas, mas antes que me comecem a imaginar de collants brancos, a dar um duplo-axel e a dançar ao som da música dos cisnes, deixem que vos diga que eu sou um velocista (dá para ver pela velocidade que eu ia nesta fotografia... a rondar os 100km/h!) e que não faço nada dessas coisas, apesar de ser bastante aerodinâmico! :)
Os minutos iniciais em cima dos patins foram de "um ver se te aguentas em pé" e com alguma ajuda lá me fui desenrascando a patinar sozinho. Passados uns 30 mins tinha acabado de dar uma volta inteira à pista (300metros?) e mesmo com um patinar desengonçado (mas elegante!) fui recompensado por uma rapariga (também muito elegante!) que passou por mim e disse "you are doing very well!". Obviamente que lhe agradeci e enquanto estava a sorrir estava a pensar "esta gaja quer festa!" - oops... não era bem este o pensamento que queria escrever, o que pensei mesmo (ou depois) foi "doing very well? pá, tu ainda não viste foi nada!" e decidi imprimir um pouco mais de velocidade nos meus patins para estes suecos verem o que é "doing very well"! Certamente que havia qualquer coisa no gelo - uma fissura, cubos de gelo, berlindes, uma casca de banana ou então oléo (nunca saberemos!), porque o resultado foi ter caído com toda a pinta possível enquanto ela ainda estava a olhar para mim! :)
Com a prática os resultados são visíveis, mas há que dizer que aprender a patinar é bastante chato: pode-se cair a qualquer momento, os putos gozam conosco e a velhinha de 70 anos passa por nós a abrir... a única motivação é mesmo podermo-nos agarrar às gajas com o pretexto de que precisamos de ajuda! :) No fundo aprender a patinar é como aprender a andar de bicicleta, com a desvantagem de não se poder por umas rodinhas de lado!!!
A experiência foi bastante boa e é algo que com certeza vou repetir nos próximos tempos!
Thursday, January 29, 2009
Sverige 2 - 2 Russia
Podia ter sido um jogo de futebol, mas desta vez fui ver um jogo para o Campeonato do Mundo de Bandy entre as 2 melhores equipas, a Suécia e a Rússia. Para quem não sabe (poucos devem saber!), bandy é como o hóquei no gelo, mas é jogado num campo de quase da dimensão de um campo de futebol e cada equipa tem 11 jogadores.
Tal como nos jogos de hóquei no gelo, há a tradição de comer um hotdog recheado em mostarda e ketchup nas muitas das barraquinhas de fast-food das redondezas! O estádio, pequeno, estava cheio e deviam estar cerca de 4000 pessoas a ver o jogo.
Como se trata de um estádio dos antigos, os assentos são de cimento e como tal, ninguém se senta e todos ficam de pé a assistir ao jogo. Como num jogo de futebol, cada parte tem 45 minutos e contando com o intervalo e a pré-espera até ao inicio do jogo são mais de 2 horas em pé, com uma temperatura ambiente agradável de -2 ou -3 graus. Claro que um gajo para ir aquecendo vai dando uns pulinhos maricas e dobra os joelhos a cada 5mins! A última meia hora do jogo foi feita a olhar para o relógio a cada minuto que passava à espera que o jogo acabasse e a pensar nas plásticas que o nosso alpinista João Garcia teve que fazer quando esteve nos Himalaias. Findos os 90 mins descobri que o jogo ainda ia a penalties e para desgraça minha só ficaram resolvidos lá para o décimo penalty! :)
Os russos a assistir ao jogo eram bem animados, bem mais que os suecos. Tenho a dizer que admiro os russos em geral, essencialmente por 2 razões, têm um ar lixado para a porrada e parece que estão sempre bêbedos.
Se formos a ver, um português para parecer lixado tem que deixar crescer a barba e cheirar mal. Os suecos, coitados, nem barba a sério têm! Os russos pelo contrário, naturalmente, têm um ar de quem estão desejosos de rebentar a fuça a alguém! De modo geral são grandes, usam roupa ideal para a porrada (blusões de penas e grandes botas), gorro na cabeça e aqueles que sorriem fazem-no com um ar irónico mostrando ou um dente de ouro ou um dente partido!
Não basta serem mauzões, ainda têm um ar de quem está sempre bêbedo. Tal como o Obélix, devem todos ter caído numa pipa (?) de vodka quando eram pequeninos e já não precisam de beber para ficarem bêbedos.
A língua deles reflecte estes 2 aspectos, quem ouve um russo a falar pensa sempre que vai haver merda e que o gajo já está com os copos! :)
Voltando ao bandy... Enquanto desporto até é bastante engraçado de ser ver, mas continuo a preferir o hóquei no gelo. Deixo aqui um vídeo do golo de empate da Suécia, 1-1. Já agora, a Suécia acabou por ganhar o Campeonato do mundo voltando a jogar com a Rússia na final, mas desta vez para ganhar por 6-1.
Tal como nos jogos de hóquei no gelo, há a tradição de comer um hotdog recheado em mostarda e ketchup nas muitas das barraquinhas de fast-food das redondezas! O estádio, pequeno, estava cheio e deviam estar cerca de 4000 pessoas a ver o jogo.
Como se trata de um estádio dos antigos, os assentos são de cimento e como tal, ninguém se senta e todos ficam de pé a assistir ao jogo. Como num jogo de futebol, cada parte tem 45 minutos e contando com o intervalo e a pré-espera até ao inicio do jogo são mais de 2 horas em pé, com uma temperatura ambiente agradável de -2 ou -3 graus. Claro que um gajo para ir aquecendo vai dando uns pulinhos maricas e dobra os joelhos a cada 5mins! A última meia hora do jogo foi feita a olhar para o relógio a cada minuto que passava à espera que o jogo acabasse e a pensar nas plásticas que o nosso alpinista João Garcia teve que fazer quando esteve nos Himalaias. Findos os 90 mins descobri que o jogo ainda ia a penalties e para desgraça minha só ficaram resolvidos lá para o décimo penalty! :)
Os russos a assistir ao jogo eram bem animados, bem mais que os suecos. Tenho a dizer que admiro os russos em geral, essencialmente por 2 razões, têm um ar lixado para a porrada e parece que estão sempre bêbedos.
Se formos a ver, um português para parecer lixado tem que deixar crescer a barba e cheirar mal. Os suecos, coitados, nem barba a sério têm! Os russos pelo contrário, naturalmente, têm um ar de quem estão desejosos de rebentar a fuça a alguém! De modo geral são grandes, usam roupa ideal para a porrada (blusões de penas e grandes botas), gorro na cabeça e aqueles que sorriem fazem-no com um ar irónico mostrando ou um dente de ouro ou um dente partido!
Não basta serem mauzões, ainda têm um ar de quem está sempre bêbedo. Tal como o Obélix, devem todos ter caído numa pipa (?) de vodka quando eram pequeninos e já não precisam de beber para ficarem bêbedos.
A língua deles reflecte estes 2 aspectos, quem ouve um russo a falar pensa sempre que vai haver merda e que o gajo já está com os copos! :)
Voltando ao bandy... Enquanto desporto até é bastante engraçado de ser ver, mas continuo a preferir o hóquei no gelo. Deixo aqui um vídeo do golo de empate da Suécia, 1-1. Já agora, a Suécia acabou por ganhar o Campeonato do mundo voltando a jogar com a Rússia na final, mas desta vez para ganhar por 6-1.
Wednesday, January 21, 2009
O primeiro e concerteza não o último de 2009
Aos resistentes que continuam a cá vir na esperança de encontrar um posto novo, posso dizer que estou de volta! Esta minha prolongada ausencia deveu-se a 3 factores: férias, gripe e mudança para novo apartamento.
Começando pelas férias foi bastante bom estar 2 semanas com o pessoal e voltar à "terrinha" de S.João. Pequenas coisas como andar no comboio da linha, reconhecer caras e ouvir português nas ruas, imperial a 1€ ou beber um belo café são alguns dos pormenores que dão uma imensa alegria a um emigrante!
Exactamente no último dia em terras lusas, apanhei o vírus que toda a gente andava a espirrar, a gripe! Foi das piores viagens que fiz (pior só uma outra que fiz que estava com uma ressaca bestial) e assim que cheguei a casa meti-me logo na cama. Há muito que uma gripe não me deitava abaixo desta maneira e como tal tive tive que ficar 2 dias de molho em casa.
Após a recuperação seguiu-se uma semana agitada de mudanças. Limpezas, aluguer de carrinha, fazer malas, contratos e mudanças deram-me bastante trabalho e acreditem que uma mudança dá sempre muito mais trabalho do que se pensa! Engraçado foi quando ao alugar a carrinha, o empregado (um loirinho sueco de cabelo lambido e com uns quilitos a mais) começou por perguntar se eu era polaco (por cause do "P" na minha carta de condução) e depois exclamou que o meu cartão de identidade português não era válido na Suécia! Se o gajo gozasse com a foto do meu BI, ainda vá lá, mas armar-se em xerife e dizer que o meu BI é fora-da-lei, isso é que não! Depois de uma troca acesa de palavras e de eu ter que proibir o meu flatmate de abrir a boca (estava a usar asneiras a mais!) selamos a questão com algumas ameaças e chamando o patrão do gajo. Como bónus deram-nos uma carrinha maior e 2 horas extra pelo mesmo preço!
Estou bastante contente com o novo apartamento, é bastante central, em Medborgplatsen. Para quem não conhece, Medborgplatsen é como se fosse o Rossio em Lisboa, mas sem africanos encostados às paredes do teatro local. Em vez disso sou recompensado com bêbedos que também são malta bastante animada! Portanto neste momento estou a um palmo de imensos restaurantes, bares e cafés, sendo esta zona considerada bastante trendy.
Para quem me quiser visitar, para além dos sofás na sala, também tenho um sofá-cama no quarto!!! Claro que para as hospedes do sexo feminino, descomprometidas e desinibidas, os sofás encontram-se indisponíveis e terão que partilhar a restante cama comigo! :)
Começando pelas férias foi bastante bom estar 2 semanas com o pessoal e voltar à "terrinha" de S.João. Pequenas coisas como andar no comboio da linha, reconhecer caras e ouvir português nas ruas, imperial a 1€ ou beber um belo café são alguns dos pormenores que dão uma imensa alegria a um emigrante!
Exactamente no último dia em terras lusas, apanhei o vírus que toda a gente andava a espirrar, a gripe! Foi das piores viagens que fiz (pior só uma outra que fiz que estava com uma ressaca bestial) e assim que cheguei a casa meti-me logo na cama. Há muito que uma gripe não me deitava abaixo desta maneira e como tal tive tive que ficar 2 dias de molho em casa.
Após a recuperação seguiu-se uma semana agitada de mudanças. Limpezas, aluguer de carrinha, fazer malas, contratos e mudanças deram-me bastante trabalho e acreditem que uma mudança dá sempre muito mais trabalho do que se pensa! Engraçado foi quando ao alugar a carrinha, o empregado (um loirinho sueco de cabelo lambido e com uns quilitos a mais) começou por perguntar se eu era polaco (por cause do "P" na minha carta de condução) e depois exclamou que o meu cartão de identidade português não era válido na Suécia! Se o gajo gozasse com a foto do meu BI, ainda vá lá, mas armar-se em xerife e dizer que o meu BI é fora-da-lei, isso é que não! Depois de uma troca acesa de palavras e de eu ter que proibir o meu flatmate de abrir a boca (estava a usar asneiras a mais!) selamos a questão com algumas ameaças e chamando o patrão do gajo. Como bónus deram-nos uma carrinha maior e 2 horas extra pelo mesmo preço!
Estou bastante contente com o novo apartamento, é bastante central, em Medborgplatsen. Para quem não conhece, Medborgplatsen é como se fosse o Rossio em Lisboa, mas sem africanos encostados às paredes do teatro local. Em vez disso sou recompensado com bêbedos que também são malta bastante animada! Portanto neste momento estou a um palmo de imensos restaurantes, bares e cafés, sendo esta zona considerada bastante trendy.
Para quem me quiser visitar, para além dos sofás na sala, também tenho um sofá-cama no quarto!!! Claro que para as hospedes do sexo feminino, descomprometidas e desinibidas, os sofás encontram-se indisponíveis e terão que partilhar a restante cama comigo! :)
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